Junto com o surgimento da computação em nuvem, diversas oportunidades se abriram no mundo tecnológico.
A virtualização recobrou sua popularidade e agora é cada vez mais explorada por profissionais da área.
A técnica permite criar uma máquina virtual para rodar no hardware do seu computador. Com isso, um indivíduo pode instalar diretamente um sistema ou aplicativo e manuseá-lo sem interferir no sistema operacional original.
Quer saber mais como a virtualização funciona e quais as suas vantagens? Continue a leitura.
O que é virtualização?
A virtualização permite o uso de diferentes sistemas e aplicativos sem a necessidade de acesso físico à máquina em que estão hospedados.
Com essa ferramenta é possível usar o sistema Android em um Desktop, por exemplo.
Você também pode ter a flexibilidade de usar o Pacote Office no sistema operacional Linux.
Esse recurso é bastante utilizado para evitar a propagação de vírus no computador. Quando você estiver em dúvida sobre a segurança de um arquivo pode executá-lo na máquina virtual e evitar a contaminação da física.
As possibilidades de uso da virtualização são inúmeras!
Como funciona uma solução de virtualização?
Por vida regra uma solução de virtualização é composta por dois elementos principais: o hóspede e o hospedeiro.
- Hospedeiro: sistema operacional original.
- Hóspede: sistema virtualizado.
O modo com que esses componentes trabalham vai variar conforme a solução utilizada. No método mais comum há o Monitor de Máquina Virtual (VMM), também conhecido como hypervisor:
Ele é um tipo de plataforma instalada no hospedeiro que vai receber os sistemas que são virtualizados.
Para operar o VMM é executado no “modo supervisor”, enquanto os demais programas rodam no “modo usuário”.
Para funcionar é necessário esse acesso diferenciado porque o VMM é responsável por alocar recursos para cada máquina virtual, decidir como essas solicitações serão atendidas e muito mais.
O uso do hóspede no sistema operacional é protegido pelo hypervisor, que intercepta qualquer solicitação que seja mais crítica para sua execução.
Outros métodos de virtualização
Apesar de o método VMM ser o mais utilizado, não é o único método de virtualização que existe. Entenda a seguir:
Process Virtual Machine (Máquina Virtual de Processo)
Process Virtual Machine é um software pronto para produção que pode ser usado com qualquer linguagem de desenvolvimento, como Java, Python e Ruby. Ele funciona com base no princípio de máquinas virtuais, em que cada aplicativo é executado em seu próprio ambiente em área restrita.
No PVM, a máquina virtual é tratada como um processo. Ao terminar sua execução, o ambiente não existe mais.
Operating System Virtual Machine (Máquina Virtual de Sistema Operacional)
O mesmo computador é capaz de executar diversas máquinas virtuais sem que elas se identifiquem. Apesar disso, o desempenho da máquina pode ficar comprometido.
Para evitar que isso aconteça, é utilizado a Máquina Virtual de Sistema Operacional. A máquina física recebe um SO, mas também existem ambientes virtuais criados em cima dele.
Todos esses “ambientes” diferentes têm acesso a certos recursos – como espaço em disco e cotas de processamento – mas compartilham o mesmo kernel.
É comum ver esse tipo de sistema em provedores de serviços de hospedagem na web. Cada cliente recebe um ambiente, mas os servidores são compartilhados com outros usuários.
Hardware na virtualização
Com essa técnica, um usuário de computador pode executar vários ambientes diferentes simultaneamente na mesma peça de hardware sem se deparar com limitações de recursos.
Vantagens e Desvantagens
As vantagens da virtualização são muitas. Antigamente, era preciso comprar um equipamento diferente para executar o programa desejado. Com isso, os custos se elevavam.
Lembre-se que os gastos incluem instalação, espaço físico, refrigeração, manutenção, energia e outros.
Nos dias atuais, basta apenas comprar o software/sistema/aplicativo, aproveitando a mesma máquina e otimizando recursos.
A virtualização permitiu que vários serviços fossem executados a partir de um único servidor e até mesmo que usuários domésticos testem sistemas operacionais antes de instalá-los de fato.
As empresas no mercado hoje veem muitos benefícios associados ao seu uso, como um sistema de processamento de dados rápido, serviços de computação em nuvem e ferramentas de simulação.
As soluções de virtualização oferecem serviços que podem ser monitorados facilmente e de maneira centralizada. A tecnologia também permite continuar usando um sistema operacional antigo (legado).
Fora isso, as máquinas virtuais são projetadas para funcionar independentemente umas das outras, ou seja, elas não se comprometem em caso de vulnerabilidade de segurança.
Apesar disso, é preciso mencionar que a solução possui algumas desvantagens, tais como: sobrecarga das máquinas virtuais, dificuldades de portabilidade em alguns sistemas e o desempenho do programa pode ficar prejudicado com a virtualização.
Tipos de virtualização
A virtualização pode ser aplicada de várias maneiras à infraestrutura de TI. Vamos dar uma olhada em alguns dos tipos mais importantes de virtualização:
- Virtualização de servidores: Método que citamos anteriormente, que consiste em um servidor hóspede e um outro hospedeiro.
- Virtualização de aplicativos: Uso de diferentes máquinas virtuais para executar aplicações exclusivas em determinado sistema operacional. Isso permite que a aplicação seja acessada remotamente.
- Virtualização de desktops: Tem como objetivo tornar o desktop inteiro virtual, permitindo seu acesso remoto não só as aplicações, mas a todo o sistema operacional.
Qual a diferença entre virtualização e computação em nuvem?
Virtualização e computação em nuvem são dois termos diferentes que compartilham muitas semelhanças, mas não querem dizer a mesma coisa.
A virtualização é uma tecnologia baseada em software que permite que um sistema de computador execute vários sistemas operacionais simultaneamente em um único hardware físico.
A computação em nuvem é uma tecnologia baseada em software, mas permite que recursos de computação remota sejam compartilhados pela Internet.
A principal diferença entre os dois conceitos é que virtualização se refere à manipulação de software em hardware, enquanto a computação em nuvem é uma consequência disso.
A confusão acontece porque a computação em nuvem usa produtos virtualizados em sua estrutura.
Quando a virtualização é recomendada?
A virtualização é indicada quando:
- Há a necessidade de utilizar diferentes servidores para aplicações variadas;
- É preciso executar vários sistemas operacionais ao mesmo tempo;
- Continuidade do uso de sistemas legados (que não possuem atualizações);
- Para aproveitamento de 100% de um servidor físico.
E aí, gostou do artigo?
Apesar de a virtualização não ser uma solução nova, há pouco tempo que ela tem sido comentada com maior frequência. Você já conhecia?
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