Manter os dados e informações de uma empresa seguros é uma demanda necessária e urgente. A Política de Segurança da Informação é uma ferramenta útil para esse objetivo, pois caso não seja feita, ataques cibernéticos podem acontecer.
De acordo com levantamento global da consultoria Accenture, cada empresa registrou 270 ataques cibernéticos em 2021, um aumento de 31% frente a 2020.
Isso sem contar outros riscos à segurança, como espionagem, sabotagem e vazamento de dados de empresas e seus clientes.
Se você quer começar a proteger o seu negócio desses riscos, continue lendo pois vamos mostrar como criar e implementar uma Política de Segurança da Informação.
O que são políticas de segurança em informação?
As políticas de segurança da informação são o conjunto de normas e diretrizes que uma empresa ou organização deve seguir em relação a dados e informações.
Para que você compreenda melhor, vamos desdobrar a explicação em duas partes. Primeiramente, sobre o que é segurança da informação.
Conforme a norma ISO 27001, que estabelece as diretrizes para a gestão da informação de determinada empresa, a segurança da informação é proteger dados da empresa.
Essa proteção é feita contra ameaças e riscos, como hackers, espionagem, sabotagem, problemas com vírus e acidentes no banco de dados, como um incêndio.
Com isso, agora é possível definir melhor o que é a política de segurança da informação.
Para que todos os colaboradores e envolvidos na empresa saibam como lidar com dados, principalmente aqueles sigilosos, definem-se normas de conduta.
Todas essas normas dizem como os dados devem ser acessados, controlados e transmitidos.
Portanto, a Política de Segurança da Informação é a documentação onde se encontram todas essas informações.
Qual é o objetivo da política de segurança da informação?
A Política de Segurança da Informação tem o objetivo de estabelecer todas as orientações, condutas, normas e outras regras referentes à proteção de dados e informações.
Assim, os colaboradores e todas as pessoas que têm contato com dados e informações de uma empresa ou organização, saberão como devem manusear os dados.
Com a Política de Segurança da Informação é possível evitar vários problemas de segurança já citados anteriormente. Porém, isso só é possível se ela for disseminada a todos, além de ser seguida e controlada para sua eficiência total.
Vale destacar também que além dos benefícios para a empresa, a Política de Segurança da Informação também traz benefícios para o usuário.
Imagine um banco, sendo a organização, e o cliente deste banco, sendo o usuário.
O cliente confia ao banco todas as suas informações pessoais e bancárias, que devem ser protegidas pelo banco.
Se este banco não tiver uma política efetiva para proteger os dados, as informações de seu cliente podem ser vazadas e usadas, por exemplo, para fraudes.
Trazendo, assim, um prejuízo enorme ao cliente.
Portanto, a política de segurança deve funcionar eficientemente para proteger os dados e informações como um todo.
Para isso, na criação da PSI você deve considerar os pilares da segurança da informação.
Quais são os três pilares da segurança da informação?
Para proteger as informações e dados, a Política de Segurança da Informação deve ser criada e implementada baseando-se em 3 princípios: integridade, confidencialidade e disponibilidade.
Apenas juntos, podem garantir a integridade e segurança de tudo que se refere à informação.
Abaixo, falaremos sobre cada um dos 3 princípios, pois apesar de estarem relacionados, necessitam ações diferentes.
Integridade
A integridade de dados é mantê-los com a confiabilidade e consistência durante todo o seu ciclo de vida útil.
Isto é, a informação não deve ser modificada, alterada, ou eliminada, mantendo-se legítima, exceto se haver uma situação específica que demande isso.
Caso haja alguma dessas coisas sem a autorização para tal, há a quebra da integridade.
E toda quebra dos princípios da segurança da informação tem suas consequências e impactos negativos.
Confidencialidade
Neste princípio da segurança da informação, o que o próprio termo sugere deve ser aplicado, ou seja, as informações são confidenciais e assim devem se manter.
Apenas as pessoas autorizadas conforme estabelecido na Política de Segurança da Informação devem ter acesso a elas.
Caso uma pessoa tenha acesso a algum dado, informação ou sistema, e não tem a autorização para isso, ocorre a quebra da confidencialidade.
Vale destacar que essa quebra independe se a pessoa teve ou não a intenção de realizar tal ato.
A confidencialidade quando não seguida pode expor as instituições e organizações a sérios riscos e prejuízos, bem como seus usuários.
Disponibilidade
Muitas empresas visando proteger as informações acabam limitando o acesso delas aos seus colaboradores, mas isso não segue o princípio da disponibilidade.
A disponibilidade é garantir que os dados sejam acessados quando necessários, seguindo a Política de Segurança da Informação para que o acesso seja seguro e eficiente.
Principalmente em um cenário empresarial, os colaboradores vão precisar de informações para realizarem suas atividades e desempenhar sua função.
Por isso, a disponibilidade é importante e não deve ser restringida, pois o negócio depende dos dados para seu funcionamento pleno.
Portanto, ela deve ocorrer de mãos dadas com os outros princípios de segurança, confidencialidade e integridade.
Como criar uma política de segurança da informação?
Para criar a Política de Segurança da Informação é necessário analisar o cenário geral da organização e planejar o que deve ser feito e implementado.
Além disso, é imprescindível que essa Política seja elaborada contando com a participação abrangente de todos os setores e departamentos e não apenas do setor de TI.
Assim, é possível observar as necessidades reais de cada divisão para sucesso total nos processos e normas criadas.
Com isso, primeiramente todos devem fazer um levantamento do que deve ser protegido dentro de sua rotina e função.
A partir disso, é possível a definição de processos e ações que devem ser feitas para manter esses dados e informações seguros.
Na criação da Política de Segurança da Informação também é muito importante que se defina os processos relacionados ao backup e regras de uso de senhas e credenciais.
Além disso, deve haver a divisão de quais pessoas são autorizadas a acessar cada tipo de dado, estabelecendo graus de acessibilidade conforme o organograma.
Nesse sentido, a classificação das informações da empresa pode ajudar.
E por fim, na elaboração das políticas também deve se considerar os softwares que vão ser utilizados para a proteção e segurança da informação.
Existem empresas especializadas nisso, que podem auxiliar na criação da Política bem como no seu monitoramento, armazenamento seguro de dados, entre outros.
Quais são as etapas para a implantação da política de segurança da informação?
Mais importante do que criar a Política de Segurança da Informação é colocar em prática, e para isso existem alguns passos a serem seguidos.
Veja abaixo quais são essas etapas, considerando que as políticas já foram elaboradas e partindo do ponto que precisam ser implementadas:
1. Alinhar a política de segurança da informação com as demais políticas da empresa
Nessa etapa, busca-se analisar se as políticas da organização, como a missão, visão e valores condizem com as novas políticas de segurança.
Caso necessário, alterações e mudanças devem ser feitas nessas políticas empresariais para estarem devidamente alinhadas com as políticas de segurança.
2. Conseguir a aprovação do RH
Como a Política de Segurança da Informação envolve os colaboradores, a aprovação do RH é de extrema importância.
Assim, o RH deve ler o documento e analisar se ele corresponde com as leis trabalhistas e respeita as políticas internas de colaboradores.
Qualquer modificação que os recursos humanos sugerirem para estarem alinhadas com as normas que regem o trabalhador deve ser feita antes da sua implementação.
3. Implementação e treinamento dos colaboradores
Após a Política de Segurança da Informação estar condizente com as políticas empresariais e trabalhistas é hora, de fato, da implementação.
Para isso, os colaboradores de todos os setores devem estar cientes desse documento, passando por um treinamento que garanta que as políticas sejam seguidas de forma correta.
4. Avaliação e controle
Mesmo que já implantada, deve-se haver a avaliação e controle delas de modo a perceber se estão sendo seguidas conforme planejado.
Portanto, gestores e líderes em conjunto com o departamento de TI devem analisar se as normas são eficientes no combate a ameaças e na segurança eficaz das informações.
Considerações finais
Por fim, é importante que você tenha em mente que a Política de Segurança da Informação é algo que deve estar em constante transformação.
Isto é, caso alguma nova necessidade de proteção de informação surja, é preciso criar as ações e normas para mantê-las seguras.
E caso seja identificado alguma falha, os processos devem ser otimizados. A cada alteração que ela sofrer, os colaboradores e usuários devem ser informados.
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